O escritório londrino Avery Associates Architects divulgou seu projeto para o No.1 Undershaft, uma torre de escritórios de 270 metros de altura adjacente ao Leadenhall Building de Rogers Stirk Harbour + Partners na região central de Londres. O edifício será o mais alto das proximidades e o segundo mais alto de Londres (perdendo apenas para o the Shard).
Assim como seu vizinho, o No.1 Undershaft apresenta uma silhueta inclinada para preservar a vista para a Catedral de St. Paul a partir da Fleet street. A fachada sul inclinada se estende até encontrar a fachada norte, também inclinada, "para criar a silhueta em serrada que os edifícios dessa região parecem precisar", comenta Richard Weston em uma análise do projeto para o Architects' Journal.
Nos pavimentos inferiores da torre, contudo, uma força muito diferente está em jogo na forma do edifício: para criar uma praça pública na entrada do edifício, os cortes da fachada inclinada se voltam para dentro para se auto-penetrar e criar espaços no nível da rua. Nos pavimentos superiores, os cortes técnicos divulgados por Avery Associates mostram um restaurante e um bar, com os demais pavimentos dedicados a espaços de escritórios.
Para a construção do edifício, a atual St Helen's Tower, um edifício de 118 metros de altura concluído em 1969, terá que ser demolida - seguindo os passos de sua torre irmã que foi demolida para abrir espaço para o Leadenhall Building.
O projeto não teve um percurso fácil para chegar até aqui: originalmente comissionado pelo empreendedor Simon Halabi em 2010, o escritório Avery Associates foi encarregado de projetar um edifício que trabalharia em composição com outra torre - Pinnacle - de 304 metros de altura planejada para um terreno próximo, quando aquele projeto estava apenas "suspenso". Desde então, não apenas o projeto Pinnacle foi abandonado, fazendo da proposta de Avery Associates a peça central do conjunto de arranha-céus, como também o terreno para o qual o Undershaft fora concebido mudou de dono, passando a ser propriedade de empreendedores orientais. Segundo Weston, os novos clientes estão em busca de financiamento para o projeto.